sábado, 21 de setembro de 2013

Sala de Espera

Peguei a senha e sentei. Olho vivo no painel digital. É, o jeito é esperar. Ainda faltam alguns números para ser atendida. Ao meu redor, pessoas com suas senhas entre os dedos.
Depois de várias batidas lentas do pé no chão, meu pensamento queria saber dos pensamentos que ali estavam. Será que aquelas pessoas estavam bem? Quais foram os motivos que as levaram até ali? Problemas precisam ser resolvidos. Coisas simples e complexas. Resolução imediata ou demorada. Não sei e nunca saberei.
No painel os números avançam. Olho para os pés das pessoas e percebo que o tempo passou. E continuo na espera. Senha 361. É a minha. Dirijo-me a mesa e em questões de segundos sou informada que meu problema poderia ser resolvido direto no caixa. Ok. O caixa estava vazio o tempo todo. Eu não precisava ter esperado.
Mas sinto que meus pensamentos estavam no desejo de querer olhar para outros pensamentos, ali, na espera.